sexta-feira, 8 de junho de 2012

Energia sustentável ao alcance de todos


Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande, criam projeto para transformar lama em energia


O vídeo apresenta a ideia de criar uma Unidade de Tratamento de Sedimentos de Dragagem, o primeiro projeto no país a gerar energia elétrica a partir da lama.
No entanto, é possível usar o material para trazer benefícios à população e, simultaneamente, evitar riscos ambientais quando estes são devolvidos ao oceano. 

Brasil é referência mundial em energia sustentável

Publicado em 06.06.2012, às 19h30

Das três metas definidas pela Organização das Nações Unidas (ONU) para serem alcançadas até 2030, dentro da iniciativa Energia Sustentável para Todos (Sustainable Energy for All – SE4ALL), o Brasil é exemplo para o mundo em duas, disse à Agência Brasil o coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Gesel/UFRJ), Nivalde de Castro.

A Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que o ano de 2012 será o Ano Internacional da Energia Renovável para Todos. A iniciativa SE4ALL é liderada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que reforçará as três metas durante a Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A Rio+20 começa na próxima quarta, no Rio de Janeiro, e terá a energia renovável como um dos temas debatidos.

As metas da SE4ALL são garantir acesso universal a serviços modernos de energia; dobrar o índice de energia renovável no mix de desenvolvimento global e dobrar o índice global de melhoria em eficiência energética.

Nivalde de Castro destacou que na meta relativa à garantia de acesso universal a serviços modernos de energia, o Brasil tem hoje o Programa Luz para Todos, que visa a universalização do acesso de energia elétrica para todas as famílias brasileiras. “O Brasil conseguiu um avanço muito grande nos últimos oito ou nove anos. Nesse aspecto, o Brasil tem que ser copiado”.

Sobre a meta de dobrar o índice de energia renovável, Castro explicou que o Brasil “é campeão” no que se refere à participação da energia renovável na matriz energética nacional. “Só está abaixo da Noruega, que não tem a dimensão continental, econômica e demográfica do Brasil. Nesse aspecto, o Brasil também serve de exemplo”, disse.

O coordenador do Gesel explicou que a própria política energética brasileira, ao priorizar as hidrelétricas e as energias renováveis, vai garantir a manutenção desse diferencial competitivo que o Brasil possui em relação a outros países.

Sobre a terceira meta entretanto, que se refere à melhoria da eficiência energética, Nivalde de Castro admitiu que o Brasil talvez tenha que fazer um esforço maior. É preciso, salientou, melhorar a eficiência energética, principalmente do ponto de vista do consumo industrial e residencial. Mesmo assim, ele destacou o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), que objetiva promover a racionalização da produção e do consumo de energia elétrica, com eliminação dos desperdícios e redução de custos.

Em termos, porém, de consumo per capita e eficiência energética das residências e indústrias, o Brasil ainda tem um longo caminho a percorrer, na análise do professor da UFRJ. Esse caminho passa pela simplificação dos programas nacionais de eficiência energética. “Eles [os programas] ainda carecem de uma objetividade maior“.

De acordo com informação da assessoria do evento sobre Energia Sustentável para Todos, entre os anúncios a serem feitos durante a Rio+20, destacam-se os compromissos assumidos por governos e empresas globais em apoio ao SE4ALL. A iniciativa ocorrerá no dia 21 deste mês, a partir das 15 h, no Pavilhão 3 do Riocentro, localizado em Jacarepaguá, zona oeste da cidade. Antes, no dia 19, será realizado o Rio+20 Dia da Energia, também no Riocentro, a partir das 9h30.

De acordo com dados da ONU, mais de 3 bilhões de pessoas nos países em desenvolvimento dependem da biomassa tradicional e do carvão para cozinhar e para se aquecer e 1,5 bilhão de pessoas ainda vivem hoje sem eletricidade.
Fonte: Agência Brasil

Energia "A sustentabilidade na prática "
 A relação entre a matriz energética e o ambiente é apontada por especialistas como um dos aspectos mais complexos em países em desenvolvimento, caso do Brasil. Em um trabalho apresentado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) o proprietário da consultoria Soma – Soluções em Meio Ambiente, Paulo Procópio Burian, explica que a partir da década de 1990 o consumo de energia crescia cerca três vezes em relação à expansão populacional. A partir de então, especialistas indicam que as empresas do setor que não se preocupam com a sustentabilidade de sua atividade não sobreviverão.

Como a sustentabilidade não se restringe apenas à questão ambiental, os players do segmento são beneficiados quando comprovam a eficiência de suas ações dentro de um sentido mais amplo. O programa de investimentos da Companhia Energética do Ceará (Coelce) – empresa do Grupo Endesa Brasil – receberá, até 2009, investimentos da ordem de R$ 650 milhões.

O programa da Coelce compreende expansão, modernização e melhorias no sistema elétrico, distribuídas nos municípios que compõem sua área de concessão, no estado do Ceará. As obras, iniciadas em 2007, têm caráter de desenvolvimento regional e de geração de empregos e ainda promete a compra de equipamentos de fornecedores nacionais.

Ética, Energia e Consumo Sustentável
20 de Outubro de 2003.
Publicad
o por Equipe Eco Viagem
Por Domingos Bernardi Neto

Todo e qualquer produto que consumimos gasta energia. Energia para produção – desde sua origem, transporte, acondicionamento, embalagem, divulgação etc, e até mesmo nosso próprio deslocamento para adquiri-lo.
Aliás, temos de acumular energia – pelo nosso trabalho –o que trocamos por dinheiro para podermos consumir.
Desta maneira, constantemente acumulamos e consumimos energia ainda que indireta – pelo consumo. Quem porventura acumular mais energia, terá mais capacidade para gastar, ou seja, estará potencialmente e oportunamente apto a usar a energia acumulada. A aptidão expõe a decisão para o consumo.
Países desenvolvidos vêm provando um aumento calórico substancial em sua faixa etária mais jovem de população. Talvez pela ansiedade dirigida ao consumo e aos apelos publicitários constantes promovidos pelos meios de comunicação.
A energia move-se pela matéria e a matéria circula pela ação da energia. A Terra recebe uma quantia relativamente fixa de energia proveniente do Sol e esta energia seria supostamente a bagagem que deveríamos carregar em nossa viagem.
A política atual da maioria dos países prega a redução do consumo de energia, principalmente a derivada da queima de combustíveis fósseis. Combustíveis fósseis representam energia acumulada durante milhões de anos pelo planeta e que são na verdade um excedente calórico para todos os sistemas vivos. Reduzir seu uso significa equilibrar nossas necessidades com o que se recebe externamente.
No entanto, este exemplo não encontra amparo na política dos países hegemônicos. Estes consomem segundo dados do WRI 20% a mais do que o planeta pode acumular. Um dos efeitos desse excesso é o efeito estufa. Consumo sustentável implica, portanto, conceder à Terra uma chance de equilíbrio, reduzindo ou otimizando o gasto com a energia compatível de sua produção ou capacidade de absorção.
Compatibilizar o consumo com o gasto de energia depende dos recursos disponíveis – recursos naturais e tecnológicos – e de sua sociabilização. Não podemos interferir ou esgotar os recursos naturais comuns tais como a água ou nossa condição climática de bem estar, o que nos levaria a uma competição intraespecífica. Daí a necessidade de compatibilizar nosso consumo com o meio ambiente.
Da mesma forma, se trocamos nossos bens e serviços por dinheiro e este representa energia, temos de contabilizar nossa interferência no meio quando pensarmos no preço justo pelo nosso trabalho.
O século XX foi marcado como o século da expansão e consolidação do capitalismo, enquanto regime político-econômico predominante no mundo. Com a rápida troca de informações via web iniciou-se a globalização. Tanto o avanço político, quanto o avanço técno-cultural decorrente foram movidos, entre outras, por duas aspirações humanas permanentes: o conforto e a liberdade.
Conforto e liberdade implicaram numa expansão no uso de recursos naturais, uma vez difundidos os padrões ocidentais de consumo, atingindo diretamente os principais Biomas terrestres, enquanto ilhas sintrópicas, no que se refere aos insumos e externalidades humanas.
O uso de recursos naturais e o consumo estão intrinsecamente ligados, pela exploração intensa, devido à rapidez das descobertas oriundas da tecnologia e da ciência, aliadas à informação.
Nesse contexto, o consumo desenfreado nos países desenvolvidos (padrões de consumo no mundo desenvolvido) e em desenvolvimento gera a busca desmedida aos recursos naturais causando degradação e pobreza, devido ao imediatismo econômico e à fragilidade das relações de trabalho, agora globalizadas.
Por outro lado, a partir da década de 70 (Conferência de Estocolmo 1972), ficou marcada internacionalmente a tomada de consciência ambiental pela sociedade que, por sua vez, pressionou as empresas para o reconhecimento de sua responsabilidade com o tipo e intensidade de interferência sobre o meio ambiente, forçando a busca por
alternativas de gestão de caráter ambiental que pudessem minimizar impactos negativos.Reconheceu-se também, neste processo, a importância da Biodiversidade, enquanto reserva estratégica da humanidade.
A busca por tecnologias “ambientalmente corretas” e “economicamente viáveis” têm ocorrido de maneira crescente, tornando-se meta gerencial das empresas. Com a sociedade cada vez mais preocupada e interessada nas questões ambientais, o passo seguinte foi a adoção de mecanismos que pudessem dar a garantia ao consumidor que seus produtos, e os processos envolvidos na sua manufatura, levavam em conta as questões ambientais e sociais.
O aumento da consciência ambiental que se assiste nos últimos anos tem sido acompanhado por efeitos nos mercados consumidores de produtos e serviços. Estes efeitos têm, com freqüência, se apresentado na direção de
uma crescente demanda por informação, da parte dos consumidores, sobre os aspectos ambientais envolvidos nas suas decisões de consumo, ou seja, a decisão de compra o consumidor é influenciada por considerações
ambientais, o que expõe a responsabilidade social das empresas.
Atualmente, a responsabilidade social das empresas é tema de discussões e investimentos. No entanto, questões ambientais envolvem fatores ecológicos, econômicos e principalmente sociais. Condições econômicas, ecológicas e sociais favoráveis constituem a base fundamental para a sustentabilidade. Os princípios e
critérios que norteiam a decisão das empresas na aquisição e manufatura de produtos deve levar em conta não apenas as conseqüências do processo industrial, mas também todo o ciclo de vida desses produtos.
E o consumidor? Qual o papel desempenhado pelo principal interessado nas questões ambientais? Qual a relação entre sua escolha e o processo de degradação do ambiente?
Consumir nem sempre é uma decisão unitária, pois os meios de propaganda induzem o consumidor ao ato impensado quase sob alienação. Hoje as pessoas viajam para as todas as partes do globo ao simples toque de
alguns botões, e, não sabem sequer o que acontece com sua vizinhança quanto mais com o ambiente, este sim a cada dia mais fragmentado e alterado.
Convém, entretanto uma reflexão, pois o momento é propício a concepção do que seria um verdadeiro consumo sustentável, ou melhor, um consumo pró-ativo. Queremos o fim das intenções para a guerra - em tese: queremos que os países desenvolvidos reduzam seus padrões de consumo - por diversos motivos desde o efeito estufa ao disseminar dos transgênicos da dependência. Melhor opção talvez seja mostrarmos como reduzir o consumo.
Podemos iniciar abastecendo nossos automóveis apenas com empresas que tenham algum comprometimento ético em relação ao ambiente, até que automóveis movidos a ar comprimido invadam nossas concessionárias.
Enquanto isso podemos escolher marcas de automóveis cujas montadoras tenham também uma postura ética não só em relação a guerra ou seja, não demonstrem a vontade de exaurir os estoques de petróleo para destiná-lo à atmosfera e é claro as marcas provenientes de alguns países industrializados não seriam nossas marcas escolhidas.
Poderíamos pensar com mais critério na redução proposital de consumo dos diversos produtos que detendo um determinado padrão de consumo e que forneça royalties a grande indústria esbanjadora de energia para que esta reduza seu consumo reduzindo assim também as emissões de gás carbônico na atmosfera.
Todo o ciclo produtivo que depende do nosso consumo seria pensado globalmente para que houvesse contenção e reparação de danos ambientais por países consumistas. A tática proposta não tiraria empregos locais, pois a concorrência seria estimulada - conforme o mesmo pensamento que tem sido pregado insistentemente.
Da mesma maneira poderíamos incentivar o verdadeiro consumo sustentável consumindo produtos de nossa região e regiões mais próximas que valorizassem os atributos sociais, ecológicos e ambientais para, além de deixarmos de incentivar as emissões de efeito estufa valorizarmos nossos produtos naturais, economizar duplamente energia pagando o custo ambiental embutido pelo menos a pessoas e empresas comprometidas com valores socialmente justos e ecologicamente corretos.
Essa tática não é nova. Ela foi utilizada pela Índia em 1948 para obter sua liberdade junto à Inglaterra. Uma tática pacífica e que efetivamente deu certo. Certamente, após esta experimentação outras táticas visando o controle do desperdício de vidas humanas, dos recursos naturais e da capacidade de desenvolvimento seriam criadas para compensar a ganância dos homens e sua intenção desmedida de poder e riqueza.

Rio +20: Consumo Consciente - Repórter Rio (13/04/2012)


Todo consumo causa impacto (positivo ou negativo) na economia, nas relações sociais, na natureza e em cada indivíduo. Ao ter consciência desses impactos, o consumidor pode buscar maximizar os impactos positivos e minimizar os negativos, exercendo o seu poder de consumo para construir um mundo melhor.
Consumo Consciente é um consumo com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade da vida no planeta.
Você já parou para pensar no quanto você gasta de energia elétrica todos os dias? Tente lembrar...
  • Você acorda com o despertador elétrico.
  • Acende a luz do quarto.
  • Toma banho com o chuveiro elétrico.
  • Faz a barba com o barbeador elétrico.
  • Liga a cafeteira.
  • Esquenta o leite no microondas.
Tudo isso acontece e você ainda nem saiu para trabalhar.
É assim mesmo... a energia elétrica está presente em todos os momentos da nossa vida.